Cientistas estudam impacto de dizer NÃO a trabalhos e resultado surpreende após dois anos

Na época, os cientistas chegaram a registrara as negativas em uma planilha e colocavam os motivos para terem feito isso.

 

Quatro cientistas levaram 10 meses para acumular 100 NÃOS a propostas de trabalho – foto Internet

 

Há dois anos, quatro cientistas fizeram uma experiência: recusar, durante um ano, 100 solicitações (25 cada) relacionadas ao trabalho.

Passado o período, eles não só se acostumaram com o ato, como até tentam quadruplicar as negações.

É o que relata reportagem do Financial Times.

Na época, os cientistas registraram em um planilha as negativas e colocavam os motivos para terem feito isso.

Os trabalhos envolviam desde pedidos para revisar artigos de periódicos até escrever propostas de subsídios.

Os quatros, por exemplo, recusaram juntos 31 convites para palestras.

O FT aponta que eles levaram 10 meses para acumular os 100 NÃO, isso porque eles consideravam o ato bem complicado de ser executado.

Os cientistas se sentiam culpados e tinham receio de decepcionar as pessoas que faziam os pedidos.

Para conseguir dizer NÃO, a regra era se questionarem como:

  • Isso se encaixa no meu trabalho?
  • Posso fazer isso sem bagunçar os compromissos existentes?
  • Isso desperta alegria?

O relato dos cientistas foi publicado em um artigo da revista Nature Science de 2022.

Dois anos depois o FT entrou em contato com um dos cientistas e ele disse que não só não se arrepende de ter começado a recusar trabalhos, como estava quadruplicando as negativas em comparação com o feito de 2021.

“Uma de nossas grandes conclusões foi que 100 declínios coletivamente é ótimo, mas não é suficiente. Então, agora estamos tentando 100 negativas cada no ano que termina em dezembro de 2024, então juntos devemos dizer não a 400 coisas”, disse ao Financial Times AR Siders, professora associada do centro de pesquisa de desastres da Universidade de Delaware, que pesquisa adaptação climática.

Até o momento, Siders conseguiu recusar 34 solicitações.

Os outros três registaram 37, 51 e 54 solicitações.

Recentemente, a professora adoeceu e o fato de ter recusado alguns pedidos permitiu que ela tivesse tempo para se recuperar sem que isso afetasse sua agenda de compromissos.

“Então, mesmo que eu não diga com menos frequência, estou dizendo não a coisas maiores e isso está fazendo a diferença”, disse.

Fonte:

Financial Times.

Revista Nature Science de 2022.

AR Siders, professora associada do centro de pesquisa de desastres da Universidade de Delaware, que pesquisa adaptação climática.

Época Negócios – Futuro do Trabalho.

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