A geração Z lidera as intenções de procurar um novo emprego, com 68%; 65% dos millennials também consideram uma mudança; 51% dos profissionais da geração X e 41% dos boomers têm o mesmo propósito.
A taxa de desemprego do Brasil está em queda.
No trimestre encerrado até outubro, o índice atingiu 6,2%, o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua, que teve início em 2012), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a maior oferta de empregos, os brasileiros estão buscando novas oportunidades.
Segundo pesquisa do LinkedIn, 3 em cada 5 profissionais do país (60%) planejam buscar emprego este ano.
Apesar da recuperação do mercado de trabalho, o estudo revela que mais da metade dos entrevistados achou difícil achar emprego em 2024:40% afirmam que os requisitos anunciados pelas empresas costumam ser superiores às vagas oferecidas.
O perfil geracional também influencia na busca por uma vaga.
Segundo a pesquisa, a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) lidera (68%) as intenções de procurar um novo emprego.
Os millennials (1981 e 1990) também consideram uma mudança, com 65% buscando uma nova posição (1965 e 1980).
Já 51% dos profissionais da geração X e (1965 e 1980) e 41% dos boomers (1946 e 1964) têm o mesmo propósito.
Apesar da motivação para buscar novas oportunidades de trabalho entre todas as faixas etárias, 62% dos profissionais acreditam que os profissionais de RH não fornecem respostas sobre o processo seletivo.
Uma das consequências é que 42% adotam a estratégia de se inscrever em um maior número de vagas, tratando suas candidaturas como um “jogo de probabilidade”.
Disparo de candidaturas
O estudo revelou ainda que 17% dos candidatos não avaliam se suas habilidades são compatíveis com a vaga, enquanto 26% dedicam menos de 10 minutos a essa análise.
Esse comportamento pode estar relacionado à percepção de 85% dos respondentes de que uma boa indicação tem mais peso do que qualificações ou habilidades.
“Se esta percepção for verdadeira, o que tem uma grande possibilidade de ser, as empresas perdem muito com isso” Silânia Costa, enfermeira do Trabalho/Mundiblue.
Com mais candidatos inscritos, 35% dos recrutadores gastam entre três e cinco horas por dia analisando as inscrições, enquanto 81% afirmam que menos da metade das aplicações recebidas atende aos critérios das vagas.
Segundo Milton Beck, diretor geral do Linkedin para América Latina e África, este cenário resulta em frustração para ambos os lados.
“Os candidatos precisam descobrir novas formas para se destacar e adaptar suas abordagens para serem mais claros e objetivos, enquanto os recrutadores devem melhorar a comunicação durante os processos seletivos para reduzir incertezas e engajar talentos de forma mais eficiente”, afirma o diretor geral.
Fonte:
Época Negócios – Futuro do Trabalho.
Linkedin.
Milton Beck, diretor geral do Linkedin para América Latina e África.
Pnad Contínua – Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Silânia Costa – Enfermeira do Trabalho/Mundiblue – acrescentou a reportagem.