Seis em cada dez empregadores demitiram jovens da geração Z contratados no início deste ano, aponta pesquisa

Alta rotatividade preocupa empresas, mas especialista aponta oportunidades com a nova geração no mercado de trabalho.

 

Geração Z. Trabalho e Vida. Foto: internet.

 

Uma pesquisa recente da Intelligent.com revela que seis em cada dez empregadores nos EUA demitiram jovens da geração Z contratados no início deste ano.

O estudo aponta ainda que 14% das empresas planejam não contratar esses jovens no próximo ano.

A dificuldade em alinhar as expectativas da geração Z com a cultura corporativa tradicional parece ser o principal obstáculo, segundo Robério Andriolo, co-fundador da Human SA, que avalia os desafios de liderar essa nova força de trabalho.

“Ao liderar essa geração, noto uma perspectiva diferenciada. Eles têm uma forte conexão com tecnologia e um desejo de impacto social mas, ao mesmo tempo, são impacientes e buscam resultados imediatos. Para manter esses jovens engajados, é necessário ser ágil na comunicação e ajustar o ritmo de trabalho”. Afirma.

Desafios de adaptação e queixas recorrentes

A pesquisa revelou que 50% dos líderes empresariais apontam a falta de motivação ou iniciativa como a principal razão para as demissões dos jovens da geração Z.

Outros 39% mencionam a falta de habilidades de comunicação como um fator crítico.

Além disso, 46% dos líderes empresariais destacam a falta de profissionalismo como uma das principais preocupações em relação aos jovens trabalhadores.

Para Andriolo, esses resultados indicam que as empresas precisam repensar como integram e gerenciam esses novos profissionais.

“A geração Z prefere feedbacks rápidos e diretos, muitas vezes por meio de ferramentas digitais. Como líder, o desafio é equilibrar essas interações digitais com momentos mais humanos, garantindo que o trabalho não se torne puramente tecnológico”, avalia.

Geração como vantagem competitiva

Apesar dos desafios, a geração Z oferece uma série de benefícios para as empresas que souberem aproveitar seu potencial.

Andriolo destaca que esses jovens trazem uma energia renovada para as equipes, questionando processos antigos e promovendo a inovação.

“Eles nos forçam a reavaliar o status quo, o que nos leva a melhorar e inovar constantemente. Além disso, sua preocupação genuína com questões como diversidade e sustentabilidade pode transformar a cultura corporativa”, ressalta.

Outro ponto positivo é a autonomia da geração Z, que, segundo Andriolo, apresenta facilidade em aprender novas habilidades e resolver problemas de forma independente.

“Essa característica é extremamente valiosa em um cenário de negócios em constante transformação”, conclui o especialista.

Apesar dos desafios de adaptação e das altas taxas de demissão, líderes que investirem no desenvolvimento e na compreensão das expectativas da geração Z poderão colher benefícios significativos, tanto em termos de inovação quanto em uma cultura empresarial mais inclusiva.

Fonte:

Intelligent.com

Robério Andriolo, co-fundador da Human SA.

Época – Futuro do Trabalho.

Mundiblue.

Top